Na reserva urbana Parque do Ingá localizada na cidade de Maringá-PR, foi constatado a presença de representantes da família Callitrichidae, que são os menores primatas antropóides do mundo. Estes animais habitam geralmente florestas primárias ou degradadas e como são onívoros como qualquer outro primata logo, comem de tudo. As duas espécies encontradas no parque, a Callithrix jacchus e C. penicillata, mais conhecidos respectivamente como mico ou sagui-de-tufo-branco e mico-estrela ou sagüi-de-tufo-preto, foram introduzidas em várias matas no sudeste e sul do Brasil e se adaptaram muito bem, porém a espécie a Callithrix penicillata é nativa da região centro-oeste do país e a C. jacchus da região do nordeste brasileiro. Foram feitas observações no parque no período de 04 a 19/08/2005 e observações esporádicas em 2004 para avaliar o porquê das aparições destas espécies nesta área e os problemas que poderiam ocasionar devido a sua introdução nesse ambiente. Estes animais são trazidos de maneira ilegal para o comércio, sendo transportados como animais domésticos para atrações de zoológicos e concomitantemente para pesquisas biomédicas. Além destas duas espécies foram visualizados indivíduos considerados híbridos e comportamentos do tipo reprodução e disputa territorial. A espécie C. penicillata se adapta facilmente a qualquer ambiente, por isso a causa de animais híbridos no parque, pois esta espécie se intercruza com outras espécies do gênero Callithrix dando origem a animais de características bem diferenciadas da espécie verdadeira. Já com a introdução do C. jacchus, esta espécie é muito territorial logo, ocupa os nichos de outros animais da área do parque, havendo assim, competição pelo território e pelo alimento. Esta espécie trás problemas no sudeste do país, estes animais quando estão em grande número em seu grupo, viram pragas agrícolas, invadindo plantações principalmente de frutas e existe um problema bem maior, este pequeno primata é transmissor do vírus da raiva que pode com isso transmitir também a seres humanos. Conclui-se com isso que a interação destes animais com a comunidade, irá acarretar vários problemas principalmente na manutenção da diversidade de espécies do local e os problemas epidemiológicos no contato dos animais com os visitantes. Com isso, é necessário o manejo das espécies nesta área para que outros animais não corram o risco de se extinguir.
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